O Concerto do Duo Damian foi muito bom. Atrevo-me a dizer, contudo, que mais emocionante que a interpretação excelente destes músicos foi o facto de ver uma sala cheia num dos pólos culturais mais importantes do país para assistir a um recital de acordeão!
Não posso fazer aqui uma crítica ao concerto por que não tenho o distanciamento suficiente. Não seria uma análise muito objectiva...
Poso , isso sim, falar deste encontro muito emotivo com colegas que não via há mais de dez anos: a Maria João Cunha e o Paulo Neto, duas pessoas muito queridas de quem tinha muitas saudades. Ambos deixaram de tocar. Fiquei triste. A Maria João era (e é) uma força da natureza. A sua intuição e energia arrebatava quem a ouvisse tocar. O Paulo, culto e sensível, com formação em Musicologia, tocava Bach de uma forma muito inteligente e profunda.
Não sei se alguma vez lerão estas linhas mas aqui lhes deixo um grande abraço!
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6 comentários:
Este blog está muito engraçado .
É pena a falta de comentarios sobre o acordoen em geral .
O acordeon não pode ser visto só como um instrumento de concerto . Quem muito valoriza este instrumento em Portugal são os chamados tocadores de acordeon que em grupos de folclore dão o seu melhor .
Onde está o publico para assistir a concertos de acordeon , onde temas conhecidos só por alguns "virtuosos " são interpretados ?
Sem desprestigiar os instrumentistas que se dedicam ao folclore ou à musica tradicional digamos que o problema deve ser visto ao contrário: o acordeão não é apenas um instrumento tradicional; é um dos mais ricos e versáteis instrumentos polifónicos da actualidade. Ao contrário do que possa pensar são muitos os acordeonistas que têm lutado a vida inteira pela formação de novos públicos que tenham uma visão mais abrangente do repertório criado para este instrumento. Em relação ao público repare que falei em SALA CHEIA o que indica que as pessoas gostam de ouvir bons instrumentistas mesmo quando o repertório é menos conhecido.
Felizmente tive a oportunidade de assistir a esse magnífico concerto...Kero dar os parabens por este blog pk é mt importante divulgar se esta vertente erudita do acordeão ainda desconhecida por parte de muitos...Foi realmente mt bom ver tanta gente a assistir ao concerto o que prova que se esta a procurar ouvir e descobrir esta sonoridade do acordeão de concerto...Cumprimentos.
Obrigado pelo seu comentário, Inês! Como deve ter reparado, um dos músicos, o Pedro Santos é colaborador deste blog. Espero que ele disponha de algum tempo para escrever algum artigo sobre o seu extraordinário trabalho de divulgação desta "vertente erudita" como ele próprio referiu no início do recital.
Por isso,volte a visitar-nos! Será bem vinda!
Fenomenal. Arrebatador. Fora de série. Fantástico, espectacular e maravilhoso! Infelizmente n estava na região de Lisboa para ir ao concerto. Mas ouvi pelo rádio. Como conhecia os intérpretes foi só imaginar...
Aquele rondó caprichoso de Zolotaryov a par com o NightClub de Piazzolla passando pelo Infinito Grego do próprio Paulo Jorge Ferreira marcam kk um que naquele momento estivesse a fzer zapping pelo radio. O voo do Moscardo como obra extra programa foi mesmo ultra bem vindo.
Grande concerto
Que se repitam muitos semelhantes pelo Portugal fora...
Bom, é um comentário fora de prazo, mas esta descoberta só foi feita agora! Um blog (sério) sobre o acordeão!
Quanto ao concerto, estaria aqui a tarde toda a falar de cada música, de cada sensação depertada, dos comentários do Pedro, de tudo. E para me estar a repetir, pois só falaria bem, apenas digo que durante todo o concerto a minha felicidade era crescente, a minha atenção era total.
Claro que tal como o Otávio, que conheci no IMVM como professor e que daqui saúdo pelo grande esforço que sempre dedicou à música e ao acordeão, também reencontrei amigos e colegas que já não via há uns bons anos. Foram bons momentos, nostalgicos... Enfim. Espero que este blog não esmoreça. Vou estar atento.
PS: Pedro, aguardo também os teus textos. São concerteza uma mais valia para este Blog.
Cumprimentos a todos. Vou estando por cá.
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